Canção das Ondas
Nuvens de cor plúmbea nos céus
Num fim de tarde, na beira do mar
O azul das águas, da cor dos olhos teus
E os meus, por ti, vieram a ressumar
Lágrimas incontidas, como um véu
Cobria-me a face a me torturar
Minha tristeza, o mar percebeu
Suas ondas vieram me afagar
Num ímpeto, meu pranto morreu,
Ondas e mar, comigo a compartilhar
Uma suave canção das ondas, oh! Deus
Sagrado lençol abissal a me acalentar!
Diná Fernandes