Se tu existes
Não, não estou louca
nenhum, portanto, devaneio.
Tu existes e isto basta
teu ser impulsiona meu tôdo desejo!
Dos sonhos que sonhei contigo
nada alivia, somente um nada
que tomba ao teu menor suspiro
do teu nada faço meu abrigo.
Glória infinda seria teus olhos
pousar no íntimo do meu segredo
se tu existes, isto não abranda
teu doce calor não cobre meu leito.
Emerge aos prantos com seus espinhos
o louco amor que toma meu peito
Pois tu existes, e disto creio
não se findará num único beijo.
Enquanto houver vida, tempo finito
ouvirás rascunhos do meu anseio
pois que amor tamanho, juraria
tragará ou matar-me-á por inteiro.
Tentar, então, fugir em vão destino
de teu olhar, arma mortal
para quê? se já morro por tí.
para onde? se querer tanto é meu único mal!