Resolução
Não adianta o caminho da paz,
Se os ventos cortam meu rosto,
São clamores, gritos de socorro,
Que tento também impor.
Não adianta cativar sorrisos,
Se a moldura do etéreo fecha a alma.
Não adianta buscar soluções,
Palavras piedosas,
Se as causas insolúveis são minhas,
Criadas, cortejadas pelas ligações afetivas
Que ligo as pequeninas coisas.
Não adiantam liberações,
Nem ficar questionando a vida,
Há só um rumo...
O despejo de tudo que possuo,
Das coisas efêmeras que ressoaram,
Seguidas pelos ecos que ainda emitem sons.
Apenas lamento que algumas noites
Fica um brilho esquecido por tantos;
Uma estrela azul encoberta,
Faz silêncio no mundo,
Calando a pauta tinta pelo verso,
Vergando-me ao cansaço sem que,
Uma palavra, uma terna e meiga imagem
Fascinassem coisas que não adiantam,
Não existem sem você.