Pétala...

Com a simplicidade de quem encanta

Fiquei a perguntar: Para onde me levas?

Surgistes com a doçura do teu canto

E a luz se deu onde só havia trevas

Afastando de vez todo o meu pranto

Como desfolhando um botão de rosa

Imagino a textura delicada da tua pele

Anseio por tocar-te em verso e prosa

Nada que vem de ti meu ser repele...

Tuas curvas, os teus braços, tuas pernas

Numa sinfonia eu perpasso as tuas células

Vou compondo o que sai da minha pena

E sonho acariciá-la como fosse uma pétala

Minha perfumada e dócil Maria Madalena

Anseio com volúpia a vir febril tocá-la

Com meus dedos gulosos e apressados

Penetro então os labirintos da tua alma

Em toques sutis, suaves, viris e delicados

Fico a sentir o perfume que me acalma

Degustando dos teus lábios em chamas...

Que me queima e me chama para a cama

Enquanto os teus olhos brilham e inflamam

Num olhar sedoso de quem a mim reclama

Para aquiescer aos desígnios dos que amam

Pedes silente que te tome em meus braços

E que desfrutemos de toda a insensatez

Para perpetuar nosso amor em abraços

Agora sei de onde vem toda essa maciês

De duas vidas que querem atar seus laços...

Firmes pelos atos e fatos que a vida uniu.

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 30/10/2009
Reeditado em 10/09/2012
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