Vulcaneia o amor...

O amor é sempre lindo...não
 importa onde
aconteça e de que modo
aconteça,
porque ele vem mesmo que
nem se peça.
Ele simplesmente acontece
de repente.

E então ele vulcaneia...
e lança lavas.
E o que estava
aparentemente
extinto
troca cinzas por um fogo
que tudo lambe,
num tremor que não
pára assim fácil.

E a vontade passa a ser
uma apenas
a de agradar o grande amor
amanhecido
que os desejos desvanece
numa cratera
aberta...rasgada...onde
o fogo é o senhor.

Crepita tudo...as árvores
tombam de joelhos,
a lava escorre...cobrindo
a terra toda virgem,
e o rugido que se ouve
estremece a alma,
porque é um lobo faminto
que tudo devora.

Então repentinamente a
paixão vulcânica
arreda seu passo como se
fosse estancar,
mas não...essa paixão nem
bem começou,
porque o tremor ainda nem
bem iniciou.

Largado então numa encosta,
repousa
aquele langor que se extenuou
de tanto dar
à terra seu próprio interior...
regurgitador...
cobrindo de lava tudo como
se fosse paixão.

Essa que mesmo querendo...
não pára mais,
e sobra nas nossas peles como
calor forte
da mais pura lava que tudo
quer apenas cobrir,
como se fosse um manto...
todo escarlate.

Como a nossa paixão
assim...


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Poesia que fiz em 29-10-09 às 18 h em SP
Lua crescente- chuviscos – 24 graus
Beijos e abraços para você...boa sexta... [love]
cseagull2@hotmail.com
cassioseagull@yahoo.com.br
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