Bela Silhueta

No derramar da lua mansa,

Vejo-te na seda carmim

Esvoaçando, tecendo em olhares

Teias e destinos insanos,

Edos argumentados na paixão!

Ao cruzar do alado corcel

Vejo-me em teu luau,

Alvo como a roupagem a bailar

Por tua silhueta etérea,

Idos ao sensual!

Na oração,

A penumbra se estreita

Na viagem se fazendo cortesã,

O sentimento ancião de todos os sentidos,

Pela pele úmida, estrela de toda manhã!

No palco

Apenas tu, e meu visionar

Contemplando a linguagem,

A viva ferida em tons de toada

Refletindo em suspiros, o verbo incondicional!

Auber Fioravante Júnior

29/10/2009

Porto Alegre - RS