Esperança

Preocupar-se por que, se tens a vida toda para viver?

Nas ruas os homens andam apressados

Muitas vezes sem saber onde vão chegar,

Fugindo da solidão, buscando um querer, um amar.

Inundadas estão às cidades, as calçadas

Já não dão mais para caminhar, nas pistas atropelam-se

Trucidam-se os homens, pouco se valoriza a vida,

Criança de esperança perdida, não sabem o que é amar.

Os edifícios já não falam por seus arquitetos

Suas fechadas estão alteradas como os humanos,

Que se vêem com olhar soslaio, desconfiando-se

Da própria sombra com jeito de paspalho.

Vêem apenas sua dor, seguem sem olhar

Para trás, do outro o sofrimento não interessa,

Muito grande é a pressa, o relógio diferença faz,

Abomina-se o amor e aos poucos a esperança se desfaz.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 29/10/2009
Reeditado em 29/10/2009
Código do texto: T1893489
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