Falando de Amor II
Em algumas palavras
Vindas d’alma, gostaria muito
De ser uma cascata e te banhar
Com as runas do pecado,
Aquele que vem do espírito,
Da gema tatuada em teu âmago,
Do verso formado no prisma!
E também em verbetes,
Oriundas da vida, queria ser o botão
Da rosa púrpura mapeando tuas sensações,
Brotando dentre os poros,
Ávidos, inconsenquentes, se erguendo
Num tremor lúdico, avassalado,
Uma história lírica,
Contada em gemidos!
Longe da dúvida,
Arrebataria de cada estrofe
Um pôr-do-sol, em cada poema
Uma alvorada de entrelaces
Construídos nos veios, nos gestos,
Lidos e relidos em teus encantos
Ardentes, fantasiosos, ao beijo
Herdado do templo!
Auber Fioravante Júnior
2/10/2009
Porto Alegre - RS