Concepção

Há uma luz azul no infinito,

Na amplidão descoberta dos seus olhos.

E por detrás desta insensatez,

Trilha a luz da paixão,

Que ofusca o crepúsculo,

Encobre raios lunares,

Enfrenta as rochas, dobra os ventos,

Mas, cai retorcido a sua voz.

Há um azul em seu infinito

Que proscrito, dito apregoo.

Há um sonho que a realidade,

Procura, busca, não encontra.

Há um rasgo em minha boca,

Que profanos silêncios,

Agita bandeiras,

Mas, se cala para vê-la passar,

Sob luzes entre nuvens,

Pelo vento, dentro da noite.

Há quietude neste espaço,

Nem clarins ousam interromper,

Apenas harpas soam sonoras,

Enquanto espero um sorriso,

Meu nome, jogado, solto

Seguindo estrelas para mergulhar,

Repousar dentro de tudo,

Tudo que a fantasia oferece.