Cigana
Não sei se foi
o negro dos cabelos
ou o negro dos olhos
ou o claro da alma.
Sei que chegou com festa,
entrou pela minha fresta
e se acomodou.
Não sei se foi
o bordado que fazia
ou a alegria que trazia
sempre que chegava.
Sei que ficou por perto,
armou tenda no meu deserto
e ali se instalou.
Não sei muita coisa sobre ela
mas, sei que é criança
e é tão triste, às vezes.
E sei que quando dança,
traz o mundo aos seus pés.
E sei que estando comigo,
não é cigana qualquer,
é só uma doce mulher !