Martis Dies
São letras ao vento
Neste dia que meu sorriso não brilhou
Que meu sangue tanto desejava correr
Eu a vi linda como sempre
Mas ela não me via nos desvios de meu olhar
Canto para que ouças meu lamento
Ando para que ouças minha procura
Mas está tão distante...
Meus olhos turvos ainda procuram luz
Envolto em minha fumaça
Sonho com o dia que serás minha
Talvez mais uma ilusão que me faz viver
Mesmo que minhas mãos não toquem teu corpo
Estarei feliz ao te ver a cada crepúsculo
No teu manto alvo que cega meus olhos
No andar digno da mais bela Princesa
Será que posso me dar ao direito de sonhar contigo?
Talvez esteja prestes a me enganar de novo
Mas ainda sim gostaria de pegar tua mão
Te levar para longe de tudo que te faz mal
Ouvir sua voz ressoar como a única música que eu quero ouvir
Sentir teu cheiro como meu guia na escuridão
Dos teus olhos
Dos teus cabelos
São doces lembranças que me fazem devanear
Sentado olhando as estrelas
Vendo como elas se escondem diante de ti
Da sua beleza inconfundível
Por ser tão rara combinação
És tão comum e singular ao mesmo tempo
Que tens o poder de entorpecer as almas mais gélidas
De quebrar os corações mais duros
Mas pego minhas palavras e as levo para longe
Pois teus olhos ainda não cruzam os meus...
* "Martis Dies" é a forma latina para "Terça-Feira"