Doce saudade
Pelas dúvidas de onde venho,
Para onde vou,
A que se importa a vida?
Passo contendo manhãs,
Secando serenos que marcam meus pés,
Confusos nas relvas calçadas,
Que me calçam...
E morro nas tardes quando o sol se esconde,
Fugindo de tantos olhos
Se cobrindo de poente.
Feneço sem o azul celeste
Sem o passeio das nuvens que,
Contemplo por mim, por você,
Fantasiando sua passagem triunfal,
Em uma carruagem nebulosa,
Toda branca, macia e delicada
Sutilmente envolvida pelo sorriso,
Eterna contração que contraria a saudade.
E pelas dúvidas e perguntas,
Duas pedras azuis,
Tocam meu rosto, ferem com ternura,
Quebrando silêncios, criando luzeiros
E terminando fim da vida,
Neste compasso, limite aberto,
Onde posso fazer de você um sonho
Enquanto seus eflúvios ressoam,
Tocam meus ouvidos purificando,
Pintando de azul minha poesia,