Inquieta te espero
Inquieta te espero
nas entranhas das minhas angústias.
Devora-me a alma!
Azeda-me o coração
Amarga-me a boca
em cada sinal de partida
Corrói a dor da tua ausência.
No vai e vem das águas
Vou e venho em cada maré
e nem sol, nem lua
Dão-me notícias,
nem madrugadas
adornadas de almas.
Regresso ao ninho...
Silêncio doído...
sem a cor das palavras
solitárias, abafadas,
esperando o regresso
como uma ave ferida.
12/10/2009