PERDOA-ME...


Por deixá-lo partir
como quem nada sente...
Pelo olhar desviado, emudecido...
Receio que o coração não aguente
e em delírios, sonhos loucos reinvente...

Pelo grito no peito parido,
amordaçando a voz do sentimento.
Pelas palavras que mentem
sem pedir consentimento,
deixando a vida sem colorido
num labirinto de medo e dor!

É hora de desatar laços apertados,
dividir em outras terras as sementes...
Perdoa-me por amar tanto assim,
sentir que encontra-se aprisionado
nas envelhecidas cinzas do amor,
que só em mim, ardem em brasas sem fim!



06/05/2008
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 27/10/2009
Reeditado em 27/10/2009
Código do texto: T1890297