Tela pintada de palavras

Nas linhas dos versos

Nos conjuntos das estrofes

Lá está um todo de uma parte

Não corte o baralho apenas dê as cartas.

Lucidez da alma condigna

Poeta fragmentado por sentimentos

Crueldade divina

Faz acontecer e faz sofrer para no fim

Sentir medo e não amor.

Na beira do ribeirão

O poeta se inspira à luz do luar

Senta-se e começa a pintar

Com a caneta às mãos e o papel em tela de aquarela.

Vaga solidão o amedronta

Sonhos de caminhos estranhos o induzem

Não sabe nem mais por onde anda

Só sabe que não são os pés que o conduzem

E sim o coração clamando pela amada.

Sente a leveza das penas quando o tocam

E vê pássaros ao céu, que o cerca, o protege

E se perdendo por entre próprias palavras

Levanta-se, põe o violão às costas

E volta para casa sem nem ao menos o retrato de palavras terminar.

Luiz Aguinaldo
Enviado por Luiz Aguinaldo em 27/10/2009
Código do texto: T1890257
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.