O MENOR DOS QUE TE AMAM

A madrugada se despede e vejo brotar mais um alvorecer;

Nele eu posso ver um magnífico desfile a despontar;

Que tu te propuseste a emprestar, que vem das fontes de teu ser;

Que pela vista segue a se perder, tal é a grandeza de teu fulgurar!

E quando o sol desbravador invade a virgindade matinal;

Contempla o teu sono angelical e te desperta com um beijo sobre a face;

A noite fugitiva nem faz disfarce e tem ciumes desse ritual;

Mitos pelejam por teu perfume real, sonhos querem teu enlace!

E quem sou eu para propor meu nome ao teu coração?

Um átomo comparado à imensidão, um dígito de um símbolo só;

Sou o Insignificante-Mór, ignóbil filho da profunda solidão;

Igual a muitos que almejam tua mão, mas certamente dentre eles o menor!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 26/10/2009
Reeditado em 26/10/2009
Código do texto: T1887969