O MENOR DOS QUE TE AMAM
A madrugada se despede e vejo brotar mais um alvorecer;
Nele eu posso ver um magnífico desfile a despontar;
Que tu te propuseste a emprestar, que vem das fontes de teu ser;
Que pela vista segue a se perder, tal é a grandeza de teu fulgurar!
E quando o sol desbravador invade a virgindade matinal;
Contempla o teu sono angelical e te desperta com um beijo sobre a face;
A noite fugitiva nem faz disfarce e tem ciumes desse ritual;
Mitos pelejam por teu perfume real, sonhos querem teu enlace!
E quem sou eu para propor meu nome ao teu coração?
Um átomo comparado à imensidão, um dígito de um símbolo só;
Sou o Insignificante-Mór, ignóbil filho da profunda solidão;
Igual a muitos que almejam tua mão, mas certamente dentre eles o menor!