LOUCO AMOR
O contorno da silhueta nua,
a leves toques se arrepia,
frêmito que a íris insinua,
devaneios de pura alegria.
Fervor em sincronia dúbia,
enternece e sufoca beijos,
a razão dá lugar à volúpia,
que extravasa em desejos.
Suscita o furor desmesurado;
cabelos, mãos, dedos e bocas,
tudo num esfregar ousado
de corpos nus e mentes loucas.
Devoras-me e devoro-te,
sem culpas e sem pudor,
delírio ao regalo do consorte,
extasia e consome-se em amor.