Espera
Na roça nasci e por certo tempo vivi
Depois na cidade fui morar
Pelas ruas caminhei e na praça me sentei
Para descansar, apesar do vigor,
Da força física que podia me sustentar.
E nas paredes solidas dos edifícios eu via
Meu sentimento refletir e eu me punha
A chorar, chorava feito criança
Na expectativa de ver a esperança chegar.
O tempo passou e essa tal de esperança não chegou
Com o brilho que toda criança espera
Sem medo de ser feliz, mas a expectativa continua
Abarrotada de matiz sob a esfera,
No inculto onde a criança ainda corre nua.