Amarras

Não há paixão que dure

Não há sonhos em branco

Não há alguém que não ceda

Diante de encantos...

Não há alma que freie

Impulsos de desejo

Não há quem segure olhares,

Quem não se precipite ao beijo.

Não há quem siga ao vento

Por mera distração

Há aqueles que dele fazem temporal,

Mesmo sob intenso clarão...

Não há quem fixe e não arda,

a olhares entrelaçados de medo...

Há aqueles que deixam-se perder,

Por conta de seus segredos...

Não há penumbra hostil,

Que não venha acompanhada

D'alguns frutos nostálgicos ,

Face da pessoa amada!

Não há quem pressuponha

Algum dia mudar seu turno,

Estando diante daquilo que

lhe faz perder o rumo!

Anna Beatriz Figueiredo
Enviado por Anna Beatriz Figueiredo em 24/10/2009
Código do texto: T1883921
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