AMOR DE ALUNA
Entrar naquela sala já não mais é um exercício costumeiro de uma nobre profissão;
Tornou-se irresistível tentação, que não permite o meu encontro com a paz;
O teu olhar de me desestruturar é tão capaz, que me desmonta em profusão;
E uma tela para adultos na imaginação encena o que da contenção não sou capaz!
Tua proximidade é tão covarde que não permite que eu resista ao teu perfume;
A mente tonta adentra em negrume, que perco a luz da inocência e da sobriedade;
Tua provocação promove confusão e alarde e da volúpia me induz ao cume;
Altera o proceder do meu costume e me obriga à fuga antes que se agrave!
Esclarecer a tua dúvida discente é um prazer a ti particularizado;
Sinto-me desnudado quando destilo explanações na mira de teus olhos;
Conteúdos parecem irrisórios perante teus contornos num vestido encurtado;
Chego quase a lecionar pecado, porém calado anulo esses impulsos sensórios!
Eu sou conhecedor do teu amor, percebo que sou alvo de tua fantasia;
Mas quem me explicaria essa paixão adolescente que entendeu me eleger?
Preciso me conter e compreender a típica fase que não se sustentaria;
Mas penso todo dia: que eu seja forte a ponto de não me contradizer!
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"Em homenagem a meu grande amigo Prof. João Rocha, a competência múltipla em pessoa!"