AMOR DE ALUNA

Entrar naquela sala já não mais é um exercício costumeiro de uma nobre profissão;

Tornou-se irresistível tentação, que não permite o meu encontro com a paz;

O teu olhar de me desestruturar é tão capaz, que me desmonta em profusão;

E uma tela para adultos na imaginação encena o que da contenção não sou capaz!

Tua proximidade é tão covarde que não permite que eu resista ao teu perfume;

A mente tonta adentra em negrume, que perco a luz da inocência e da sobriedade;

Tua provocação promove confusão e alarde e da volúpia me induz ao cume;

Altera o proceder do meu costume e me obriga à fuga antes que se agrave!

Esclarecer a tua dúvida discente é um prazer a ti particularizado;

Sinto-me desnudado quando destilo explanações na mira de teus olhos;

Conteúdos parecem irrisórios perante teus contornos num vestido encurtado;

Chego quase a lecionar pecado, porém calado anulo esses impulsos sensórios!

Eu sou conhecedor do teu amor, percebo que sou alvo de tua fantasia;

Mas quem me explicaria essa paixão adolescente que entendeu me eleger?

Preciso me conter e compreender a típica fase que não se sustentaria;

Mas penso todo dia: que eu seja forte a ponto de não me contradizer!

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"Em homenagem a meu grande amigo Prof. João Rocha, a competência múltipla em pessoa!"

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 22/10/2009
Reeditado em 22/10/2009
Código do texto: T1881393
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