QUASE SEM VIDA...
Estava cansada...
Por isso murchando, por isso morrendo...
Faltava-me carinho de um homem
De mãos me afagando
Fazendo-me vibrar e ferver...
Eu tinha companheiro que não era parceiro
Era como se fosse viúva de marido vivo
Por longos anos carreguei este estigma
Tendo o corpo em brasas...
E sendo desprezada...
Gaiola de ouro me aprisionava
Inocente estava do que acontecia
Eu era preterida e meu amor, se divertia
É cruel essa atitude de, não querer e não deixar viver
Que o outro siga para encontrar de novo sua felicidade
Não vislumbrar uma chance para o outro ser feliz
Da cor da aurora, tanta beleza!
Que eu gosto de experimentar a cada minuto,
No branco das nossas peles abstratas
O rubro dos nossos corpos aquecidos.
Tocada pela tua pele sedenta de ternura
Cheia de culpas, da cor que outros tons não a imitam de verdade.
Tão colorido, um arco-íris inebriado de vontades,
Cheio de cores, cada delas mais exótica,
Criadas de momentos mostrados que habitam em nós.
Lilás é mesmo a minha cor sensualidade, singela e bela,
Que gargalha cristalina no meu coração
Risadas gostosas que dou
E te ofereço infratora que sou com minhas culpas,
Conceber contrita a nossa união
Vitoria Moura 19/9/2009