Overdose

Tu vieste de mansinho...

foste chegando,

e tomando proporção...

Começou como uma brisa

que virou vento, e de vento em borrasca,

e de borrasca em tufão!

Abalou-me toda a estrutura

e quase me joga ao chão

num turbilhão de emoções de um momento louco,

roubado,

nem bem pensado...

mas intensamente desejado!

E sentido! Intensamente vivido

com a força de todos os vícios!

Vicio que te atira ao abismo

mas que te sustenta.

E te destrói, conquanto te alimenta!

E te deixa marcas... e te faz carente...

E eu te quero mais... e mais... e mais!

Sinto no meu sangue a tua falta

ardente!

me queimando o peito, te querendo mais...

E mais... e mais... e mais!

Que vontade de gritar e te jogar pra dentro

do meu próprio grito...

E te morder com raiva!

E te reter – aflito – até que te dissolva

no meu sangue louco

que ferve por tua falta,

por outra dose de ti!

Ainda te sinto circulando no organismo,

esquentando-me o rosto, gelando-me as mãos,

secando-me a boca...

imprimindo ao meu peito uma corrida louca,

dopando-me as emoções,

transformando-me num trapo de tensões!...

E eu te quero mais... e mais... e mais!

E mais preciso de ti.

E porquanto me vais queimando,

Vou sempre atrás

Te buscando...

e te querendo mais... e mais... e mais!

Luiz Roberto Bodstein
Enviado por Luiz Roberto Bodstein em 05/07/2006
Código do texto: T187883
Classificação de conteúdo: seguro