COWBOY
Quando choram os meus olhos,
O sol perde-se no horizonte,
A morte se envaidece
E a terra abre-se em monte...
Também chora em soluços galopantes;
Como um cavalo adestrado,
O meu coração alado
De saudades do meu amado...
Foi-se, no clarinho da lua nova,
A última imagem de cowboy...
Triste saudade... Como dói...
Donde vinha aonde foi,
Vestido dum gibão,
No dorso daquele boi...
(Áurea Nunes)