BARREIRAS
BARREIRAS
Barreiras sempre vem e vão
Estão sempre ao meu lado
Atormentando o meu pensamento
Mudando os meus sonhos
Mudando os meus objetivos
Elas apresentam-se como intransponíveis
Grandes obstáculos, até então.
Fico presa, agarrada as barreiras.
E perco a minha direção
E perco os meus sentidos
E perco o meu juízo
E já não enxergo mais nada
As Barreiras são um grande vício
Parece que as busco em todos os momentos
Porque estou sempre aflita?
Se as barreiras são o meu vício?
Poderia transformá-las
Em barras de segurança
E não barreiras de empecilho.
Afinal, já foram derramadas tantas lágrimas.
Por tantas barreiras impostas
Por tantos desafios
Alucinantes,
Desconfortáveis
E estranhos
Sei que para quem lê o que eu digo
É de certo um texto contraditório...
Amo e odeio as barreiras!
Como posso amar e odiar ao mesmo tempo todas as barreiras
Que a vida me impôs?
Se isto é loucura?
Talvez...
Também não entendo mais o que seja loucura...
Se já experimentei os sonhos mais loucos,
Os amores mais sombrios,
Os desafetos mais insanos,
Mas, nenhum erro grave!
Só as graves barreiras
Atropelando os meus planos...
Que planos?
Nem eu sei mais...
Porque o tempo passa
E vem os enganos,
Vem as ondas
E derrubam as balaustradas,
As casas, os prédios,
As cidades,
Tsunami de sentimentos
Invadi o meu mar de sonhos.
Mais barreiras a enfrentar!
Andréa Ermelin
Salvador-Bahia/Brasil
Terça-feira, 20 de Outubro de 2009.