O Choro de Karine
(...) ontem
Era um choro dengoso, sentido!
O coração apertado pelo amor perdido
Era saudade de um momento cabal
Escorria pela face, lágrima abissal!
O corpo, quase que amortecido
Débil, por um padecer preterido
O quarto exalava um aroma madrigal
Pensei escrever um poema fatal
Novamente o choro incontido
Raiava o dia, o jardim que era florido
Agora, só flores murchas como o final
De um amor que se foi de forma brutal
(...) hoje
Vesti-me de coragem, esqueci o tempo ido
À minha vida, dei um novo sentido
Deste amor insano, que me fez tanto mal
Também me despeço de forma magistral
Diná Fernandes