AMOR QUE NEM PARECE SER

Quando te digo não, estou sonhando com a tua afirmativa;

Se minha ação não é infinitiva é que almejo soletrar-te em particípio;

Se não me vês em teu princípio é que te espero na saída;

Por mais que não te vejas em minha vida tu a manténs por teu feitiço!

Se não percebes tua face nos meus versos é que ignoras vultos estridentes;

Onde as provas nem são evidentes, mas se apresentam sem escândalos;

Pois meus pudores em ti são vândalos e vão me enriquecer de tuas sementes;

Só aparentemente teus aromas são ausentes, porque te cheiro mora no vigor dos sândalos!

Quando te alcançam os ouvidos outras palavras de amor que não as minhas;

São frágeis gaivotas sozinhas, querendo o verão sem a cumplicidade do vento;

Alucinógenos de momento, criando a sensação que achaste o que não tinhas;

São apagáveis estrelinhas perante o universo controverso do meu sentimento!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 19/10/2009
Código do texto: T1875590
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