Filosofias de amor

Pudera eu

Fazer filosofias de amor;

Todavia mal posso, sozinho,

Entender o amor:

Apenas o sinto.

Ante uma face policrômica

De coisas que exsurgem,

Meu amor é quieto, calado, tímido.

Ao falar, conhece apenas uma palavra:

Saudade.

Saudade dela aqui;

Saudade dela sem mim,

Pois – assim – lha conheceria novamente –

E viveria tudo novamente,

A maviosa face sorridente...

O sorriso sereno que – leviano –

Meus olhos conquistou...