Teus cabelos negros

Teus cabelos pretos -

E escorridos -

São a cachoeira lânguida

Do destemido

Lugar espirituoso;

Aquele canto mavioso

Que, às tardes de sábado,

Metemos nossos seres a se conhecerem.

Ah! Que fosse –

Antes e apenas –

A lindeza do cabelo;

Mas é também teu cheiro que,

Singular,

É feito de um “torna-te tolo!”

E, tolo, desmancho-me em teus encantos –

Bruxa! –

Que até em sonhos me sentenciam,

Como se a mim não fosse feito

Controlar a mim mesmo.