Clarões do sol.
Nos primeiros clarões do dia me surpreendo por ainda estar acordado, e mais surpreso fico por descobrir o motivo, você. O engraçado é que nada fizeste para me deixar assim, eu é que sou culpado por ficar imaginando coisas, tecendo sonhos, criando fantasias, e no fim, é como querer fazer rima em uma nota só.
E ainda perdido nos meus pensamentos, vou tecendo uma linha melódica do meu sofrimento, e lembro-me bem como foi que te conheci, havia um sol claro e bonito e ele fazia de ti uma completa silhueta do amor, e que agora povoa as minhas noites de insônia, onde tudo me leva a crer que o amor aconteceu em mim, e assim permanecera para que eu possa um dia quem sabe, compor o resto desta minha melodia, onde você com certeza fará a primeira voz, e eu... Ah! Não mais veria os primeiros clarões do sol, pois dormiria nos seus braços ouvindo os acordes da nossa canção.