Meu Poema, Teu Teorema
Aonde quer eu escreva
Minhas linhas, meus rabiscos,
Tenho-te no céu, na luz corpo teu,
Prata violeta, mil falsetas,
Meu poema, teu teorema!
No sonho da escrita
Vago e divago em estrofes,
Te sinto no vinho, no néctar sabor teu,
Rubro crepúsculo, zil flertares,
Minha sina, tu, me fascina!
Aonde quer que eu escreva
Minhas cartas, meus estros,
Tenho-te no fogo, no ardor seio teu,
Amarela penumbra, sombras e delírios,
Minhas mãos, tua canção!
No som do silêncio
Movo e me envolvo em partituras,
Te sinto na caricia, no veludo pele tua,
Branco seda, amante amor,
Meus lábios, teu fulgor!
Auber Fioravante Júnior
18/10/2009
Porto Alegre - RS