Gotas de Amor
Você olhou para as pegadas que sumiram com o vento
Fixou a temerária solidão que devastava tuas lembranças
Também sei que acompanhava o manto da noite.
Não sentia o perfume que outrora impregnava a carne,
Tudo agora é somente um lembrete no sonho, uma metade
Em outra metade, uma metáfora sem quadro.
Resta discernir alguns poemas, cujos versos são desconhecidos,
Cujas partes foram desmembradas em soluções acida.
E que cada flor que ai se faça, um capitulo nascerá em chamas
Aquecendo as hastes que voltam para o sol, em euforia.
Os ponteiros encontram-se, separam- se no interregno de tempo
Pelo rigor das horas intratáveis, e de pecaminosas lembranças.
Teus caminhos dispersam misturados em odores, sem um retorno,
Nem fantasia. Somente a calma jaz impotente no grito da noite.
Do nada reapareceram gotas, formando lagos de inspiração
Nos vapores da loucura, onde teu rosto aparece luminoso
Na superfície do espelho que te faz prisioneira ao coração.
Miseravelmente apaixonada.