Aleluia (II)

A ti, a mais sublime entre as sublimes

ALELUIA

(II)

Poema baseado na música e letra belíssimas “Hallelujah”

Dantes eu vivia sozinho

Agora,

Embora fracção de mim deseje algo mais

Sei que estás sempre comigo

Aleluia

Havia uma lei secreta

Que dizia que eu nunca iria encontrar a satisfação

Encontrei-te

E uma parte de mim vive em profusa e profunda comunhão

Aleluia

A minha fé andava à procura de um eco

Encontrei-o em ti

Meu mais secreto

E lindo da vida projecto

Aleluia

Vi-te um dia banhar-te nas estrelas

Com o calor da imensidão

Deixei-me levar pela imagem

Entregando-te o meu coração

Aleluia

Vejo as tuas lágrimas douradas

Que clamam por uma vitória

Afaguei-as com a minha alma

Procurando-te dar um sabor de glória

Aleluia

Houve um tempo em que queria saber

O que se passava contigo

Mas houve outro tempo

Em que o adivinhava a olhar o céu

Sabendo nessa altura que procuravas abrigo

Por isso abri os meus braços

De amigo

Aqueci-te com o calor do amor

Procurei-te tirar

Desse torpor

Pois o teu grito mudo

Que ultrapassava a noite eterna

Precisava não de um amante

Mas de uma pessoa

De uma certa forma terna

Por isso abri a minha gruta

Inviolável caverna

Para que procurasses nela

A chama que brilha em mim

A chama eterna

Amava-te mais do que tudo

Mais do que a dor

E queria estar contigo

Seja tal onde e como for

Dei-te mil honras

Incontáveis honrarias

Só para te devolver

A esquecida alegria

E assim ficámos

Não ficando até a imortalidade

Eu amava-te

Tu amavas o infinito

Juntos ficámos

À espera da Nova Aurora

De ver nascido

Um indestrutível mito

Aleluia!