QUE DESEJOS MISTERIOSOS

DESEJOS MISTERIOSOS

Cá estou novamente...

Noite linda e eu mais solitária que nunca.

Saudades, desejos loucos que tiram a paz.

Vontade de solidão. Da mesma que não quero.

Da mesma que passei a vida escondendo-me.

Ela abre os braços para envolver-me

Tudo se repete como um filme cansado

Uma fita restaurada

Um lamento que ecoa e dói

Covardia que incorpora, toma conta.

Nesse chão em meu canto encolhida, escondida da vida.

Preciso de forças...Forças.

Sono, cansaço. Vontade de um abraço sem braços.

Sem contato obrigatório.

Contagem regressiva, contagem repetida.

Certeza de nada tenho nada posso...Nada quero

Não suporto mais findar, recomeçar.

Essa vida ida, sem encanto ou nostalgia ou fortes razões.

Para tudo isso, para tanto esforço, tantos palcos, tantas cenas.

Amanha talvez esqueça tudo e por costume recomece tudo.

Amanha não fará diferença nenhuma se chove ou se a noite esteja tão linda quanto agora.

ELISABETHDOVITAL
Enviado por ELISABETHDOVITAL em 17/10/2009
Reeditado em 18/10/2009
Código do texto: T1871746
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