Eterno Amor

estava passeando pela aurora da primavera

quando me deparei com esse brilho dessa árvore

era uma luz que refletia as maiores estrelas

a luz que atraia iluminados raios de sol

instigado como nunca estive nem nos sonhos

sentei-me a apreciar a beleza dessa árvore:

meus olhos brilhavam tanto quanto sua luz,

sua pureza era única como aquele momento

a noite que vinha para entardecer o dia

espelhava na lua o sorriso das suas folhas

e assim se entrelaçavam noites e dias

tanto como invernos,anos e bocas

mas uma vez em seu galho brotou uma maçã

(no unico feio que espinhos saltavam)

e nesta os meus olhos se escondiam do todo

se confundindo com a árvore que antes olhares trocavam

a fruta atraia a dependência dos olhos

que nao mais brilhavam como quando viam a árvore

sentado me deixando dominar pela fruta

adormecia meu amor pela árvore no campo

entretanto os ventos de um novo caminho

que rogavam as sementes de uma nova manhã

trouxeram consigo o sopro do destino

que devassou as sombras e derrubou a maçã

acordei dinovo na aurora da primavera

e notei que os ventos tudo havia soprado

menos a árvore que ainda firme raiava

sob à luz do meu peito que não havia mudado

hoje não fico mais observando-a no campo

fixei suas raizes em meu coração

raizes do peito e da alma que amo

raizes que os ventos não tiraram do chão

dudu villela
Enviado por dudu villela em 17/10/2009
Reeditado em 17/10/2009
Código do texto: T1871560