Eterno Amor
estava passeando pela aurora da primavera
quando me deparei com esse brilho dessa árvore
era uma luz que refletia as maiores estrelas
a luz que atraia iluminados raios de sol
instigado como nunca estive nem nos sonhos
sentei-me a apreciar a beleza dessa árvore:
meus olhos brilhavam tanto quanto sua luz,
sua pureza era única como aquele momento
a noite que vinha para entardecer o dia
espelhava na lua o sorriso das suas folhas
e assim se entrelaçavam noites e dias
tanto como invernos,anos e bocas
mas uma vez em seu galho brotou uma maçã
(no unico feio que espinhos saltavam)
e nesta os meus olhos se escondiam do todo
se confundindo com a árvore que antes olhares trocavam
a fruta atraia a dependência dos olhos
que nao mais brilhavam como quando viam a árvore
sentado me deixando dominar pela fruta
adormecia meu amor pela árvore no campo
entretanto os ventos de um novo caminho
que rogavam as sementes de uma nova manhã
trouxeram consigo o sopro do destino
que devassou as sombras e derrubou a maçã
acordei dinovo na aurora da primavera
e notei que os ventos tudo havia soprado
menos a árvore que ainda firme raiava
sob à luz do meu peito que não havia mudado
hoje não fico mais observando-a no campo
fixei suas raizes em meu coração
raizes do peito e da alma que amo
raizes que os ventos não tiraram do chão