NADA SEI

Pensei que soubesse algo sobre o amor,

Ergui bandeiras contra a posse, o ciúmes e a dor.

Sonhei com amores impossíveis, sem fim.

Deles, só restou um espaço no peito. Um oco.

Saí em busca dos poetas.

Mas, ainda não sei se os lindos poemas que leio

são verdades ou só doces palavras rimadas.

Emociono-me. As vezes choro. Mas falta a presença.

Sei lá. São idas e vindas, tristes ausências.

Carências que gritam em mim. Ninguém ouve. Me calo.

Então, o que sei do amor?

Eu sei de mim. Talvez.

Não há regras, nem teorias.

Perfeição? Ledo engano.

Não existem estradas seguras.

Sempre é a primeira vez.

Gostaria de falar sobre nós. Mas o nós não existe.

Dou tempo ao tempo, que vai de sol a sol no horizonte.

Se vou ou se vens, nada sei. Espero. Com medo de sonhar.

Fecho brechas para que o encantamento de amar não me escape.

Acredite.

Quando me olho, vejo você.

Se calo, o pensamento voa.

Se me afasto, te levo comigo

Sim, meu coração te chama

Quando te ouço, cedo, me entrego.

Sou outra.....Ou não.

Sou sua.

Se és meu, você o sabe.

Mas não serei injusta:

Que fale de amor

Quem não for fingidor

Etelvina de Oliveira
Enviado por Etelvina de Oliveira em 17/10/2009
Código do texto: T1871549
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