Amo-te IV (A genealogia de um sentimento)

Amo-te IV

(A genealogia de um sentimento)

És como um manto a envolver-me,

Uma segunda pele, sob a qual me escondo,

Um desconforto diante da alegria,

Ou conforto nos momentos de amargura.

És uma infância que nunca envelhece,

Uma hora incompleta perdida no tempo.

És o que preenche o vazio do momento,

O perfume que inalo em cada suspiro

Corro de ti, ou para ti... não sei. Paro.

Separo-me de mim e não reclamo.

Consumo-me e assumo, o que é tão raro.

É claro, em resumo, que te amo.

(Djalma Silveira)