AMOR, A LUZ DO SILÊNCIO

Amor, a Luz do Silêncio

Olho da janela a chuva que começa fina

Um sussurro do vento e uma silhueta dobram a esquina

Na luz opaca da madrugada

Eu me lembro do olhar da minha menina

De vez em quando triste

De vez em quando alegre

Mas sempre carregava sentimentos

E uma alma cristalina

O silencio ensurdece meu espaço

Da distancia que toca o mundo

Eu fico a esperar pelo seu abraço

Minha voz grita em silêncio pelo seu nome

Eu olho num canto do quarto

E não toca o telefone

A chuva aumenta

E inunda a minha vidraça

Ventos trazem nuvens que escondem a lua e as estrelas

E essa tristeza não passa

A solidão segue o compasso do ponteiro das horas

Por mais que eu grite no infinito

Você não me ouve

E a saúda feito fera devora

Eu fecho a janela

Solto ao vento a cortina que não quer cair

Avisando-me que se eu dormir

Você não estará nem em meus sonhos por aqui

Desisti do sono

Agora olhando pelo vidro a chuva que caia

Eu reabri minha cortina

Peguei papel e caneta

E fui escrever você

Que é minha eterna poesia.

By Everson Russo

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Everson Russo
Enviado por Everson Russo em 17/10/2009
Código do texto: T1871302
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