AMOR, A LUZ DO SILÊNCIO
Amor, a Luz do Silêncio
Olho da janela a chuva que começa fina
Um sussurro do vento e uma silhueta dobram a esquina
Na luz opaca da madrugada
Eu me lembro do olhar da minha menina
De vez em quando triste
De vez em quando alegre
Mas sempre carregava sentimentos
E uma alma cristalina
O silencio ensurdece meu espaço
Da distancia que toca o mundo
Eu fico a esperar pelo seu abraço
Minha voz grita em silêncio pelo seu nome
Eu olho num canto do quarto
E não toca o telefone
A chuva aumenta
E inunda a minha vidraça
Ventos trazem nuvens que escondem a lua e as estrelas
E essa tristeza não passa
A solidão segue o compasso do ponteiro das horas
Por mais que eu grite no infinito
Você não me ouve
E a saúda feito fera devora
Eu fecho a janela
Solto ao vento a cortina que não quer cair
Avisando-me que se eu dormir
Você não estará nem em meus sonhos por aqui
Desisti do sono
Agora olhando pelo vidro a chuva que caia
Eu reabri minha cortina
Peguei papel e caneta
E fui escrever você
Que é minha eterna poesia.
By Everson Russo
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