Alucino
Alucino
Não tenho nada a escrever agora
Só as reminiscências
Que tomam a consciência
Insistentes em se dizer
Cala-te! Ordeno
Qual o que!
Tomam falas e sussurros
Desenham corpos e sensações
E aqueles olhos negros
Olhando para o além
Convidam-me a embarcar no mistério
Do amor que me quer dar
Alucino,
Deixo,
Venha,
E seus olhos me engolem
Envolvem
Deliro
E passo a existir.