SABEDORIA

Eu não quero saber de teus defeitos porque sei que os meus são iguais

Quero saber das virtudes e de teu talento para eu não esquecer jamais

Se eu for capaz de festejar as vitórias do indiferente ou do inimigo,

Estarei vivendo o auge da sabedoria que os anos trouxeram comigo.

Nunca deixo de ouvir as palavras ditas por uma pessoa.

Só falando é que vejo se a alma tem procedência boa.

Não estou pesquizando a riqueza nem o saber acumulado

Ando a procura de uma pureza, ainda sem pecado.

Guardo o melhor da admiração para depositar nestas criaturas

Elas fazem falta como o ar que respiro e a paz que vem das alturas

E sempre me trazem o perdão que os pecadores não sabem ofertar.

Fico atento e percebo que a beleza d'alma emociona aos montões

E quanto é fugaz a beleza física, das moças e dos varões

Que poderiam se eternizar se procurassem um templo para se purificar.

CRPOETA

OBS: Esta poesia foi distinguida com um diploma, num concurso de

poesia realizado pela Prefeitura do Rio de Janeiro.

Cléo Ramos
Enviado por Cléo Ramos em 16/10/2009
Reeditado em 23/10/2009
Código do texto: T1870038