Fingimento para Saudade
Quando tentava não olhar mais os sonhos
Esses me inundavam a vida
Num devaneio de sensações coloridas
Fingidas fugindo desse retrato
Que foi esquecido ao som do mar
Profundo e vasto são os sentimentos
Que volta e meia, meia volta
Me abraçam por trás e o corpo
Denso e rijo finge não seguir
O que eram as únicas certezas
Era o sangue pulsando nas veias
Pedindo para parar em silêncio
Para morrer nem que fosse um segundo
Frio e gélido, sem pensamentos
Sem amor
Se não voasse, se não tivesse acostumado
Talvez não vivesse as flores
Mas a certeza o teria coberto
Por esse céu azul cheio de estrelas
Que pede por favor para não gritar
Simples seria se não mudasse
E teria a única verdade como única
Se parecia bom não havia de certo algum
Retrato em branco e preto
Não sentiria o amor