FRAGMENTOS


Porta da vida entreaberta,
eu prisioneira num porto abandonado
onde o vento sopra brancas areias,
espargindo na penumbra do momento,
fragmentos da minha existência.

Voz do tempo sussurra lamentos-dor...
Assim sou eu, sentimentos estilhaçados,
guardados na concha saudade do coração.
Corpo e pele em sonos-confidências...
Alma cativa em espaços acorrentados
entre a frieza da razão e a quietude da emoção...

Uma parte, a questionar o esquecimento,
a outra, consigo traz a luz viva do amor,
que tímida ainda cintila, neste olhar solitário...



27/03/2008



Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 15/10/2009
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