O TREM

Meu caminho se perdeu de ti,

Minha vida desviou-se da tua,

Os meus olhos já não te vêem como dantes...

Mas minha boca ainda deseja a tua boca,

Meu corpo pede teu corpo junto ao meu,

Eu sinto o teu cheiro por onde eu passo,

Eu vejo o teu sorriso por todos os lugares...

Nosso amor foi tardio,

Poderia ter nascido em outro tempo, em outra vida, em outro lugar,

um tempo chamado sempre,

uma vida chamada felicidade,

e um lugar chamado "apenas nós dois"...

Levarei dessa vida a dor de viver um amor pela metade,

um amor que ficou apenas no coração,

deixarei contigo o meu amor mais sincero,

a minha verdade absoluta,

o meu desejo de te amar para sempre...

Sinto-me parado em uma estação,

esperando passar o trem que me leverá até você,

as horas passam, o trem nunca chega,

os anos se vão, se escorrem por entre meus dedos,

a idade se avança, os sonhos insistem em se manterem vivos,

a dor aumenta, a saudade aumenta, o medo aumenta...

Eu, porém, continuo aqui

esperando o trem que nunca chega,

porque a vontade de encontrar-te novamente

é o que alimenta a minha vida...

Marcelo de Lima Cruz
Enviado por Marcelo de Lima Cruz em 14/10/2009
Reeditado em 25/11/2009
Código do texto: T1866075
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