Aparentemente...(meu amor...)
O sol se pôs a oriente
E tu com ele
Quanto te procurava a poente
Aparentemente…
Eu dormia
Quando estavas acordada
Eu sorria
Quando deitavas mais uma lágrima
Aparentemente…
Entretinha-me e realizava-me a amar
Enquanto tu carpias as mágoas
De um amor fúnebre
Que nos seus braços negros sem fé
Te ameaçava levar…
Aparentemente…
Escrevia
E dizia ao mundo
O quanto gostava de Ti
Numa altura
Em que não ouvias
Nem querias escutar
As doces palavras
De uma inefável ternura
Que tinha para Te dar
Aparentemente…
Fiz-me poeta
Fiz-me contador de histórias
Fiz-me autor
Fiz-me um ser
Imensamente feliz
No momento
Que devia ter sido crucial
No momento
Em que devias
(Mas não o fazias…)
Pensar
Em Mim…
Aparentemente…