Demência
De novo esta vontade de gritar
E de mandar às favas
Toda a minha racionalidade,
Todo o meu sentido de autodomínio,
Todo o meu conceito de felicidade.
Quero chorar como qualquer mortal
E ter-te só desejo, ser teu animal
Prá mergulhar no mar intenso do teu sexo
Sem buscar-lhe a razão,
Nem mesmo encontrar nexo.
Só me dar
E cravar-te os meus dentes
Como dois dementes
Sem mentes...
Sementes
Somente!...