ENTRE OS LENÇÓIS...
Rasgo a minha alma
Com o peito em chamas
Enquanto o sangue escorre
Pelas esquinas de minhas veias
E tudo mais se incendeia
Quando te vislumbro...
Em minha cama
E aí eu sucumbo
E você ali faceira nem reclama
Cheirosa e dengosa
Fogosa e gostosa
Dá-se por inteira
E eu me fartando...
Beijando e lambendo
Teus lábios... Teu ventre
Você tremendo de frente
E o mundo ali fora quieto
Contempla nossos momentos...
Nosso fogo ardente... Em labaredas
Tudo é poesia intensa no ato da queda
Respiração sôfrega inquieta
Corpos em desalinho
Acoplados... Engatilhados
Estilhaços pra todo lado
Fêmea que sobe às paredes
Ah! O amor... É assim
Eu em você e você em mim...
Safados! Delicados! Enroscados!
O amor... Não é complicado!
Às vezes é meio adoidado...
Hildebrando Menezes