Ariana
Quando em fuga néscia, o vergel florido
Converte em forma o temor que invade
A antes alma do mártir sofrido
Da ariana da iniqüidade,
O lume o segue a vexar audaz
Qual, pois um hesitar matusalênico
E tanto faz o soluçar que traz
A ariana do amor endêmico.
E qual a brasa que em si refrata
Provinda em água de teor ardente
Esta maleita, que aos poucos mata
Aos poucos torna a reviver freqüente
O onírico! que em taciturno
Por hibernação fora, pois, converso
Mas ao estivar do nascer diurno
Verteria raso o que foi imerso.
Ah! Fosse o onímodo mortal!
Fosse iníquo o calor que emana!
Enredaria cada um canal
No adjazer desta ariana,
Mas não! Quando o epodo é pesar
Em duas frentes uma mesma mão
Na iminência do balancear
Romper a fibra é tornar paixão