Da Névoa à Luz
Estive na escuridão
Tateando à sua procura
Numa infinita solidão
Entre a razão e a loucura
Mas eis que do meio da bruma...
Surges do breu como um vaga-lume
Avistei o teu vulto na proa
E nosso olhar se tocou à toa
Do fundo d’alma ouvi a tua música
E os sentidos acordaram melodiosos
Abrindo enorme clarão no céu
Despertando o amor e a paixão
E agora nossos olhos vêem
Com clareza, nitidez e emoção
Ao saber que não dá mais para fugir...
Porque estão na mesma dimensão
Foi à força poética da atração
A chamar e a clamar pela união
A unir com ternura nossos corações
E como é bela esta configuração
Eu e você no mesmo diapasão
Vestidos e afinados no perdão
Por viver tanta dor e separação
E tudo mais não importa...
Dúvidas, diferenças, ausências
O que fica e liga... É a presença!
Vencendo o medo e a indiferença
Estamos firmes, serenos e convictos
Do nosso amor que se avista
Ali... No horizonte... Tão bonito!
Hildebrando Menezes