Rumo Incerto

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Criei ondas, circulam... Abarco!
Ri dos disfarces das nuvens do ar;
Indestrutíveis águas do teu mar!
Solitário: — estou ao som do barco...

Entre espumas e no mesmo charco
Encontrei teu ouro, cujo colar
Tento teu sorriso... Solto a voar!...
As gaivotas deixaram um marco:

— Vejo luzes a cair como fontes,
Na foto registrei um horizonte
Infinito e sem rumo, perdido...

... E no pranto teu rosto, — vislumbro,
Corro a esmo na estrada sem rumo
Chorei no novo mundo derretido!...

Ribeirão Preto, 10 de outubro de 2009.
18h25
Machado de Carlos
Enviado por Machado de Carlos em 10/10/2009
Código do texto: T1859115
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