SAUDADE SEM DOR

Como era comum em mim há pouco tempo atrás, eu poderia escrever coisas intensamente profundas e com uma dramaticidade de se invejar.

Mas não sei por que desde que você chegou tudo que era agonia fugaz, ficou calmo.

A frugalidade do sonho... Da esperança, virou concreto.

E o que era passível de dor, ficou manso.

O medo deu lugar a um sentimento inexplicavelmente seguro, que eu nem sei o nome.

Na verdade, é um sentimento tão inusitado em mim, que eu nem sei sentir direito.

Não sei se é bom ou ruim.

Sei apenas, que não corrói nem me deixa fraca.

Me preenche mesmo quando você não está perto.

E quando perto, é como se nunca tivesse se ausentado.

É pequeno e grande.

Tudo, mesmo quando nada... Se é que nesse sentimento caiba um nada, pelo simples fato de ser TUDO.

Vou tentar descrever de forma simples...

Vi um casal se beijando, e meus olhos marejaram por um breve instante.

Porque eu... Senti saudade de ti.

Muita saudade de ti.

Calmo, concreto, inusitado, inexplicavelmente seguro e manso.

Estou com saudades de ti... Simples assim.

** Cínara **

“Eu queria ver no escuro do mundo

Aonde está o que você quer

Pra me transformar no que te agrada

No que me faça ver

Quais são as cores e as coisas pra te prender

Eu tive um sonho ruim e acordei chorando

Por isso eu te liguei

Será que você ainda pensa em mim?

Será que você ainda pensa?

Ás vezes te odeio por quase um segundo

Depois te amo mais

Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo

Tudo que não me deixa em paz

Quais são as cores e as coisas pra te prender?

Eu tive um sonho ruim e acordei chorando

Por isso eu te liguei

Será que você ainda pensa em mim?

Será que você ainda pensa?”

(composição: Hebert Vianna)

cinara
Enviado por cinara em 10/10/2009
Reeditado em 02/12/2009
Código do texto: T1857932
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