PERMITA-ME VIVER
A noite chega suplicando, dividindo sua escuridão
Em desejos sepultados em travesseiros,
Em silêncio de ficar rondando no vazio,
Levando da morte ao êxtase da vida.
Ainda que respire e viva
Em hastes de rosas vermelhas,
Que me machuquem os espinhos,
Que firam minhas mãos com amor,
No sangue vermelho que se espalha de paixão,
Deito-me, ao lado dos beija-flores,
Que em seu ninho morrem, sem voz, sem um piu,
Se não der um beijo, se não encontrar na noite
Os sonhos, os desejos...a vida me cala...
Também morrerei, sem palavras não viverei.
Adriana Leal
Texto revisado por Marcia Mattoso
A noite chega suplicando, dividindo sua escuridão
Em desejos sepultados em travesseiros,
Em silêncio de ficar rondando no vazio,
Levando da morte ao êxtase da vida.
Ainda que respire e viva
Em hastes de rosas vermelhas,
Que me machuquem os espinhos,
Que firam minhas mãos com amor,
No sangue vermelho que se espalha de paixão,
Deito-me, ao lado dos beija-flores,
Que em seu ninho morrem, sem voz, sem um piu,
Se não der um beijo, se não encontrar na noite
Os sonhos, os desejos...a vida me cala...
Também morrerei, sem palavras não viverei.
Adriana Leal
Texto revisado por Marcia Mattoso